Como a Comunicação Não Violenta pode ajudar sua empresa

Imagine a seguinte situação: você precisa dar um feedback para o seu funcionário, mas sabe que ele tem um perfil mais sensível e, portanto, precisa ter tato para falar com ele, sem causar descontentamento. Como fazer esse tipo de abordagem?

É exatamente aí que entra a Comunicação Não Violenta, também chamada de CNV. Nesse artigo, você verá como essa ferramenta pode ajudar sua empresa e seus funcionários. 

Clareza

Já tratamos aqui no blog, em diversas publicações, sobre a importância da comunicação no dia a dia da empresa. Pois é, aqui vai mais um motivo para estar atento a ela.

Nesse caso, ela vai te ajudar a aumentar a clareza e melhorar os relacionamentos interpessoais. E por que isso é importante? Porque estabelece uma comunicação interna mais fluida e ajuda a eliminar dissonâncias e a fortalecer a cultura organizacional.

O que é a comunicação não violenta

Ela é uma forma de construir relacionamentos pessoais e profissionais com mais empatia e compreensão. Não existe uma fórmula pronta para isso, mas a CNV, auxilia na melhoria da qualidade do contato, evitando conflitos.

Ela foi proposta pelo psicólogo Marshall Rosemberg, na década de 1960. Seu objetivo é agir em bases comuns, evitando classificação, discriminação ou julgamento das pessoas. Visa focar nos sentimentos, sem, no entanto, rotular o certo ou errado. A sua inspiração veio das ideias de Gandhi e Martin Luther King.

O grande diferencial da CNV está na sua capacidade de fortalecer vínculos. Sempre baseando-se na empatia, procurando se colocar na perspectiva da outra pessoa.

Para orientar nessa perspectiva, temos 4 pilares básicos da Comunicação Não Violenta:

  1. Observação.
  2. Sentimentos.
  3. Necessidades.
  4. Pedidos.

Vantagens da comunicação não violenta no ambiente de trabalho

  • Contribui para a empatia no trabalho e desenvolvimento do diálogo;
  • Torna os ambientes de trabalho mais prazerosos;
  • Evita agressões verbais ou físicas;
  • Auxilia na manutenção da cultura do trabalho em equipe;
  • Facilita a resolução de conflitos.

A opinião do especialista

Paulo Chagas, que é instrutor em Programação Neurolinguística no Indesp – Instituto de Desenvolvimento Pessoal – e atua como coach em desenvolvimento de líderes e facilitador em Comunicação Não Violenta, acredita que a ferramenta é de grande poder para as empresas, pois beneficia no clima organizacional e no engajamento dos times.

Ele vê no mercado uma demanda grande por parte, especialmente de indústrias e escolas, que são os setores os quais vêm demonstrando maior interesse na questão. 

Entretanto a implementação mais comum é a down-top, ou seja, de baixo pra cima. No entanto, o melhor seria o contrário.

“O ideal é promover a mudança a partir das lideranças. Isso porque, eles devem ser os primeiros a demonstrar esse desenvolvimento humano, essa maturidade. Depois isso se estender para os seus colaboradores, de forma que eles possam se espelhar em seus comandantes”, explica Paulo.

Essa ferramenta contribui muito para a gestão de conflitos e auxilia os líderes a desenvolverem:

  • Habilidades de escuta;
  • Fazer perguntas;
  • Criar conexões mais duradouras;
  • Criar um time mais engajado;
  • Ter uma equipe mais produtiva e que consiga ter mais soluções colaborativas.

Novas perspectivas

Uma coisa interessante na implementação desses processos nas empresas é que muitas vezes a ferramenta é levada para o âmbito familiar, onde o colaborador enxerga grandes possibilidades da sua aplicação. O que acaba sendo, indiretamente, benéfico para a empresa.

“Isso porque, um ambiente familiar estável, faz com que o colaborador tenha menos preocupações e possa se engajar mais nos projetos da empresa, levando a um melhor rendimento dos times, que muitas vezes superam as metas, aumentando a lucratividade”, destaca ele.

Na visão de Paulo Chagas, a CNV é mais que um passo a passo, é uma mudança de mentalidade, uma filosofia. E num primeiro contato, acaba por ser um choque de realidade.

Ele lembra que o mundo atual exige um outro tipo de competência das lideranças, que devem ter desenvolvimento humano e sejam capazes de desenvolver pessoas. O líder tem que conhecer o seu colaborador não apenas dentro, mas também fora da empresa: seus anseios, desafios e origens.

“Isso não quer dizer que ela será utilizada o tempo inteiro. O que vai definir muito dessa utilização é o contexto. Qual o momento que eu estou inserido. Sempre cuidando para que não exijamos do outro um comportamento dentro dos padrões da CNV, mesmo quando ele jamais tenha tido contato com isso antes”, destaca.

Estratégias para lidar com conflitos

Diante desse quadro, Paulo Chagas deixa algumas orientações importantes para lidar com conflitos. Confira: 

  • Nunca compre a versão da história que você conta para você mesmo: todo conflito começa quando passamos a acreditar que estamos com a razão e o outro está errado. Crie conceitos, mas não preconceitos.

Os conflitos são ótimos e saudáveis. O problema está no confronto, quando cada um só aceita o seu ponto de vista e não está aberto a outras opiniões.

  • Nunca compre a versão da história que os outros contam para você. A profusão de informações dentro de uma empresa é grande e as pessoas raramente checam a sua veracidade, gerando muita confusão e conflitos internos.
  • Achar o culpado não é achar a solução! Todos nós somos responsáveis pelos resultados em alguma medida. A ideia é que se eu não me sinto parte do problema, não faço parte da solução. Com isso, não estou sendo responsável no meu grupo. Este tipo de situação gera a pior sensação que se pode ter em uma equipe que é a do abandono.
  • Toda relação requer reparação. Assim como levamos o carro para revisão, periodicamente, da mesma forma precisamos de quando em vez, conversar sobre a relação entre as pessoas do grupo. Isso porque, são as relações que constroem resultados e não as tarefas, não as metas. Não existe meta sem equipe.
  • Priorizar mais a conexão, que ter razão. Não existe comunicação se não houver conexão com as pessoas. Isso significa que antes de entrar com a pauta da sua reunião, você tem que checar essa conexão: compreender como cada um da equipe está chegando para ela.

Por fim, vale lembrar que a aplicação da CNV na empresa, vai contribuir para a geração de um clima organizacional propenso a relações mais profundas e saudáveis.

Agora, que tal potencializar o seu aprendizado com nosso artigo e promovê-lo em sua organização?

Você precisa de ajuda?

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Kleber Alves

Sócio Fundador do Grupo Educavix Diretor de Negócios e Expansão

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