As discussões a respeito do futuro das profissões estão em alta. Especialistas afirmam que a inteligência artificial dará o tom da história para os próximos 10 anos, assumindo atividades de repetição e reduzindo o número de trabalhadores. A DaVinci Institute, consultoria americana dedicada a pesquisas sobre o futuro, estima o desaparecimento de 2 bilhões de postos até 2030. A primeira impressão, o temor do desemprego ronda os mais impressionáveis e deixa os mais incrédulos com ares de dúvida sobre o impacto real que as novas tecnologias trarão para as profissões do futuro (não é futuro, é hoje!). Em contrapartida, a McKinsey realizou uma pesquisa que estima que para cada posto de trabalho eliminado, 2,4 novos serão criados, essencialmente em startups.
O assunto rende diversos prognósticos, porém, levanta a questão sobre como se preparar para este novo mundo. Uma coisa é certa, teremos que nos adaptar às novas profissões. Navegando na internet, temos acesso a títulos de profissões que cinco anos atrás eram impensadas. Temos o Gerente de Vida Profissional, responsável por mapear os futuros problemas de saúde ou o Design de Bebês, geneticista que customiza o futuro filho ou filha. Ou, ainda, o Especialista em Negociação de Sequestro de Dados, policiais capazes de lidar com ladrões cibernéticos e hackers perigosos.
O que o estudo mostra é que haverá novas combinações de habilidades, mesclando conhecimento técnico com habilidades interpessoais.
Em estudo recente, a Pearson juntou-se a pesquisadores da Nesta e da Oxford Martin School, para elaborar uma lista com as tendências para os Estados Unidos e Reino Unido. A pesquisa The Future of Skills (O Futuro das Habilidades) mostra 10 habilidades e conhecimentos que estarão em alta na próxima década. Foram analisadas sete megatendências globais que têm poder para influenciar a força de trabalho. A lista mostra as habilidades que poderão se tornar atraentes para o mercado de trabalho e joga uma luz para os futuros (e atuais) profissionais sobre qual caminho seguir.
A pesquisa provoca os leitores sobre o status quo das profissões mais estáveis no mercado e mostrar que as novas carreiras vão exigir um conjunto de habilidades que devem se tornar requisito básico para concorrer a uma vaga. Vamos imaginar que um cargo bastante almejado, em 2030, seja o de Analista de Bioengenharia e as habilidades necessárias para os candidatos sejam: resolução complexa de problemas, percepção social e destreza manual. Veja que estas habilidades são exigidas normalmente em profissões distintas. O que o estudo mostra é que haverá novas combinações de habilidades, mesclando conhecimento técnico com habilidades interpessoais.
Outro aspecto interessante da pesquisa é desmistificar o fantasma do desemprego que a era da automação criou. O estudo aponta que apenas um em cada cinco trabalhadores encontra-se em uma área que diminuirá de tamanho. Veremos uma reorganização e adaptação da força de trabalho em função do efeito da tecnologia, onde em algumas áreas, apenas haverá uma melhoria no rendimento ao invés de redução de postos de trabalho. Ou seja, haverá um completo redesenho das profissões a fim de balancear as tecnologias e os recursos humanos. O temor das máquinas ocuparem nossos empregos fica um pouco mais distante com a pesquisa The Future of Skills, que pode ser encontrada no link futureskills.pearson.com. E você, está preparado para esse futuro?
Este texto foi escrito originalmente para a edição 90 do Jornal Empresariall.
OK, o mundo está mudando…. Mas, mudando como? Como eu me beneficio desta transformação?
Contextualizar faz parte de um esforço coletivo que se frustra a menor pesquisa que se faça na internet. A sopa de letrinhas invadiu nosso vocabulário e aumenta exponencialmente com o passar dos dias. Diariamente, start-ups nascem em virtude de novas tecnologias. Tentamos acompanhar as evoluções tecnologias com um misto de curiosidade e receio, pois tudo é muito interessante e, de uma forma ou de outra, trará impactos às nossas vidas.
E a Educação? Como ela se insere nesse contexto disruptivo e alcança seu objetivo maior, que é o de educar as gerações atuais e futuras? Em nossa conversa passada, criei dois personagens fictícios para ilustrar algumas vantagens do ensino à distância e abordei características comportamentais que sugerem facilitar a permanência do aluno no EAD.
O brasileiro passa, em média, nove horas por dia conectado à internet. Somos um dos países mais conectados do mundo. Em contraponto, estamos em penúltimo lugar no ranking da educação em um universo de 36 países, de acordo com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Autodisciplina era um indicador duas vezes mais forte do que o QI
A alta conectividade do brasileiro oportuniza unir a ampla oferta de tecnologia ao atendimento das aspirações de cada um. Por meio de ferramentas, como um Sistema de Gestão da Aprendizagem (do inglês: Learning Management System (LMS), também chamado de plataforma e-learning), uma série de recursos síncronos e assíncronos dão suporte ao processo de aprendizagem. As avaliações são on-line e permitem todo planejamento de aula pelo Professor e Coordenador de curso. Através do chat, o aluno consegue resolver dúvidas on-line ou após algumas horas. As aulas ficam disponíveis durante todo o curso, dando a opção de revisão sempre que necessário. Os fóruns são utilizados para a interação e troca de ideias entre estudantes de diversas partes do Brasil. Dentro do ônibus ou no metrô, a caminho do trabalho, o estudante revê as aulas, lê um capítulo ou acessa um artigo indicado pelo professor. Tudo em uma mesma plataforma.
Nos polos de apoio, o uso centenário do quadro negro deu lugar ao projetor de transparências que deu lugar aos projetores. Esses projetam as telas do ambiente virtual de aprendizagem, onde vídeo, áudio e paperbooks dão o tom do aprendizado. A exposição de informação deu lugar à pesquisa por informações. O único limite para o aprendizado humano reside em nós mesmos.
“Persistência é mais importante do que inteligência”, este é o título da coluna da Jornalista Érica Fraga. No texto ela navega sobre a trajetória do enxadrista Garry Kasparov, um dos maiores jogadores de xadrez de todos os tempos. Kasparov afirmava em suas entrevistas que a perseverança o fez chegar ao topo, e não a inteligência. Ou seja, a capacidade de seguir em frente e perseverar aparecem com mais frequência nas pessoas de sucesso. Os pesquisadores Duckworth e Martin Seligman concluíram que a autodisciplina era um indicador duas vezes mais forte do que o QI (coeficiente de inteligência).
Este texto foi escrito originalmente para a edição 89 do Jornal Empresariall.