Um cansaço sem fim, total desânimo, apatia, dores pelo corpo… Se esses sintomas têm sido relatados por você que é empregador ou empregado, é bem capaz que já tenha surgido o questionamento: será que eu estou com Burnout?
Com certeza você já ouviu falar da Síndrome de Burnout, mas… sabe o que é exatamente? Por isso, vamos esclarecer alguns pontos sobre essa síndrome e as razões para o seu aparecimento.
Reclamação mundial
Um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apontou que cerca de 90% das pessoas no mundo relatam estar passando por situações de estresse diariamente.
Com o tempo, essa situação pode levar ao aparecimento de diferentes quadros como a ansiedade, depressão, o Burnout entre outros.
Também conhecida como a Síndrome do Esgotamento Profissional, o Burnout surge quando o profissional não consegue mais ter prazer na sua atividade, nem nas relações interpessoais.
Está normalmente associada a um estresse intenso e reclamações de dores ou desconfortos físicos, além de queixas emocionais.
Apesar de não ser uma doença, mas uma alteração de cunho psicológico que está relacionada com a exaustão física e mental, o Burnout é um quadro que leva ao esgotamento, fazendo com que a pessoa não consiga cumprir as suas tarefas do dia a dia.
Em outro artigo, nós tratamentos sobre a importância de cuidar da saúde mental dos colaboradores. Vale a leitura!
Mas o que provoca o Burnout?
Para os estudiosos do assunto, a causa mais comum do aparecimento do Burnout é o desequilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.
O excesso de trabalho sem pausa para aproveitar outros aspectos da vida são decisivos para o aparecimento da síndrome.
Como resultado desse desequilíbrio, o trabalhador geralmente se sente injustiçado e pouco valorizado, apesar de ser uma pessoa muito responsável, dedicada e apaixonada pelo que faz.
Outra consequência está na frustração em relação ao seu desempenho profissional, gerando expectativas excessivas de recompensa (financeira ou não). Essa cadeia de sentimentos acaba deixando a pessoa mais suscetíveis às doenças de forma geral.
Além disso, o não reconhecimento do seu trabalho gera desânimo e isolamento dos colegas de empresa. Em situações mais graves, pode gerar incapacitação para o trabalho e afastamento do profissional.
Entre os principais sintomas relatados por quem tem o Burnout são:
- Cansaço excessivo;
- Dores de cabeça frequentes;
- Fadiga e dores musculares;
- Pressão alta e alteração nos batimentos cardíacos;
- Alterações no apetite;
- Perda da produtividade;
- Alterações no padrão de sono.
Porém, somente um profissional de saúde capacitado poderá dar o diagnóstico correto. Na presença desses sintomas, deve-se procurar ajuda.
Qual deve ser o tratamento?
No caso dos sintomas físicos, recomenda-se o tratamento por medicação. O uso de alguns medicamentos como os antidepressivos ou algo mais leve para acalmar e dormir também pode ser implementado em alguns casos. Um médico deve ser consultado para isso.
Para as reclamações emocionais, o profissional deverá ser acompanhado por um psicólogo, até a melhora da situação. A terapia é considerada fundamental para a superação desse quadro, pois pode ajudar a pessoa a se conhecer e lidar com os sentimentos e sensações causados pelo Burnout.
Outra recomendação importante dos especialistas é a imediata mudança no estilo de vida. Reservar um espaço do dia para atividades pessoais é essencial para a recuperação. A adoção de uma atividade física regular é apontada como um forma eficaz de conseguir resultados benéficos.
Qual a importância da saúde mental para o trabalho?
O Burnout é um problema que atinge profissionais no mundo inteiro, independente da sua classe social, etnia ou profissão. E, por isso, o tema da saúde no trabalho está cada vez mais presente dentro das empresas.
Com isso, as medidas para a redução de questões de saúde relacionadas ao trabalho, também vem ganhando espaço nas corporações de todo o mundo.
– Suporte psicológico;
– Estruturação de ambiente amigável no trabalho;
– Implementação da cultura do feedback;
– Aumento dos horários e espaços de recreação;
– Flexibilidade no horário de trabalho;
– Interação da família.
Ações como essas visam assegurar a produtividade do profissional, mas também o seu bem-estar físico e mental, dando a ele uma maior qualidade de vida, dentro e fora do trabalho.
Agora, conhecendo melhor a Síndrome de Burnout e de que maneira afeta o dia a dia no trabalho, é bom se cuidar. Ao notar o aparecimento de um ou mais dos sintomas descritos aqui, agende uma consulta médica.
Para os empregadores, vale a pena ficar atento a saúde da sua equipe e implementar mudanças que darão qualidade de vida e, claro, melhoras na produtividade.