Como lidar com o namoro no ambiente de trabalho

Quem nunca ouviu falar de um namoro que começou no ambiente de trabalho? Uma troca de olhares, um bate-papo e de repente estão apaixonados. Lindo, não é mesmo? O ambiente de trabalho pode ser o cenário para relacionamentos afetivos. Contudo, o namoro no trabalho pode gerar desafios e implicações que demandam atenção.

Muitas vezes nem a empresa nem os colaboradores sabem como agir ou quais são as regras a respeito desse tema. E aí, a sua empresta está pronta para ser cupido e lidar esses casos e até casamentos?

A lei

Não há uma proibição direta de namoro no trabalho de acordo com a lei. Proibir é considerado inconstitucional, segundo o artigo 5º, inciso X da Constituição, que afirma que são invioláveis a intimidade e a vida privada das pessoas. 

“Nenhuma empresa pode impedir o namoro entre colegas de trabalho, sequer, podem demiti-los com base nesse motivo, pois isso viola a intimidade e a vida privada dos colaboradores”, explica a advogada trabalhista e especialista em compliance, Aretusa Araújo, do Instituto de Compliance do Espírito Santo (ICES). 

No entanto, a advogada lembra que as empresas têm o direito de estabelecer políticas internas para orientar o comportamento dos colaboradores e evitar potenciais conflitos de interesse, principalmente no ambiente interno.

Essas políticas podem variar de uma organização para outra, e é importante que os colaboradores estejam cientes delas. Além disso, a legislação trabalhista aborda questões como assédio sexual e discriminação, garantindo um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos.

“Caso o relacionamento afete a dinâmica profissional ou gere conflitos, a empresa pode intervir para preservar a integridade do ambiente de trabalho”, afirma Aretusa.

Nesse ponto, ela destaca que o relacionamento entre colaboradores não é motivo de demissão por justa causa. 

Entretanto, existem regras sociais e condutas esperadas no ambiente de trabalho. “Um casal deve respeitar essas regras, evitando mau comportamento e indisciplinas, pois estas sim, podem gerar demissão”, explica.

O artigo 482 da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, cita em uma das razões para demissão por justa causa: 

– b) incontinência de conduta ou mau procedimento;

– h) ato de indisciplina ou de insubordinação. 

“É importante ter cuidado no relacionamento líder com algum liderado. Em casos assim, orienta-se que seja dada publicidade ao ato para o RH e a direção, separando a relação profissional do pessoal”, lembra Aretusa.

Regras

Antes mesmo de saber sobre os relacionamentos que acontecem na sua empresa é importante que se definam as regras para lidar com esses romances. 

Veja algumas orientações de especialistas em Recursos Humanos e Comunicação. 

  1. Tenha políticas internas: Desenvolva as orientações de políticas organizacionais sobre relacionamentos no ambiente de trabalho, sempre lembrando de consultar o que diz a lei.
  2. Comunique as regras: Informe aos colaboradores que já estão na casa e os novos contratados sobre as políticas de relacionamentos. Pode ser via comunicados, palestras, cartilhas. O importante é que chegue a todos de forma clara. 
  3. Conflitos de interesse: Se há relacionamentos entre colaboradores que podem criar conflitos de interesse, forneça suporte e acompanhamento a fim de minimizar possíveis consequências no ambiente de trabalho. Tudo isso de forma confidencial, respeitando a privacidade de todos.
  4. 4. Implementação de medidas disciplinares: Caso o comportamento não esteja em conformidade com as políticas, pode-se implementar medidas disciplinares apropriadas, sempre com orientação jurídica.
  5. Treinamento e Sensibilização: Ofereça treinamentos sobre ética profissional, comportamento no local de trabalho e assédio sexual, a fim de conscientizar sobre os limites adequados em relacionamentos no ambiente corporativo.

O amor está na empresa

Por fim, lembramos que há pesquisas comprovando que casais que atuam juntos na mesma empresa são mais felizes. Em casos assim, os pesquisadores dizem que há mais empatia e maturidade. Ah, isso inclui também os sócios. Vivemos isso aqui no grupo Educavix. 

Sabemos que não é uma tarefa fácil, mas com dedicação hoje já separamos o lado pessoal e profissional, dando equilíbrio ao relacionamento e sem afetar a produtividade e andamento dos negócios. 

Comente aqui se você também já convive com seu amor na mesma empresa. 


Fontes:

Entrevista Aretusa Araújo

https://www.rhnossa.com.br/casais-que-trabalham-juntos-sao-mais-felizes-diz-pesquisa

https://www.gupy.io/blog/namoro-no-trabalho

https://www.jusbrasil.com.br/artigos/namoro-no-ambiente-de-trabalho/1731142485#:~:text=A%20empresa%20n%C3%A3o%20pode%20proibir,e%20vida%20privada%20dos%20colaboradores

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Kleber Alves

Sócio Fundador do Grupo Educavix Diretor de Negócios e Expansão

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